terça-feira, 3 de novembro de 2015

CALVÃO DA SILVA

Tem a seu favor a morte anunciada. Caso contrário, teríamos de aturar mais um saco de porrada em posto governamental. Não critiquem o novo ministro da Administração Interna por ser temente a Deus. Ao queixar-se do mau tempo no Algarve em tom de sermão, falou como fala a maioria dos portugueses. Falou como fala a tua mãe e o teu pai, falou humana e portuguesmente, tal como falam milhões de almas educadas pelos padres da freguesia, únicos senhores de cultura a quem devemos confiar nossos segredos. Que o morto se entregou a Deus é uma redundância em dia de finados. Se não gostam do discurso em posto oficial, supostamente laico e republicando, ocupem-se de educar os filhos para a realidade. Não cedam ao acampamento prometido pela professora de Região e Moral. Calvão da Silva não podia ser ministro, mas não é por trazer Jesus no coração. É por outras razões, bem mais terrenas e desinteressantes. 

3 comentários:

Catsone disse...

Discurso de sacrilégios o que o Sr. Ministro proferiu, benzadeus. enquanto as chuvas em Albufeira foram coisinha maléfica, os 14 milhões foram ajuda divina. Há que acreditar no deus certo.
Cumprimentos

hmbf disse...

Parafraseando a ministra da agricultura, oremos para que faça sol.

maria disse...

certeiro.